MERCADO

O hiperconsumo representa uma das maiores ameaças ao planeta. A Black Friday por exemplo, já é tradicionalmente reconhecida como um dia que leva às pessoas a um frenesi de compras em todo mundo devido aos descontos e ofertas instantâneas. É sabido que o modelo de negócio da moda rápida, é um grande poluidor, que muitas vezes explora sua força de trabalho e é pautado no objetivo de convencer o consumidor a comprar mais; além disto, a renovação intensiva de aparelhos tecnológicos e itens eletrônicos constituem hoje o fluxo de resíduos que mais cresce no mundo.

Surge então uma contracorrente, um movimento de boicote a ações de incentivo ao consumo desenfreado, promovido por empresas que se afastam do hype e buscam posicionar-se de forma enfática sobre questões sociais e ambientais, dizendo-nos que precisamos desacelerar, pensar cuidadosamente sobre nosso consumo, considerando se realmente precisamos das coisas que compramos, e nos estimulando a priorizar o tempo com a família e a natureza.

A empresa de beleza Deciem destacou-se no final do ano passado por fechar seu site, e suas lojas, com base na percepção de que as decisões sobre cuidados com a pele devem se basear na consciência e não no impulso. Nesse mesmo intuito, surgem cada vez mais marcas conscientes como a Forgo, que desenvolve e comercializa seus produtos para cuidados pessoais com base em assinaturas, propósito eco-first e apostando em um design sem poluição visual, com embalagens limpas e reconfortantes.