Feito à mão Crochê
A arte da crochetaria é milenar, tão antiga que as especulações sobre sua origem não alcançaram nenhum dado concreto até hoje. Segundo historiadores, o crochê surgiu ainda na pré-história, e muitas teorias tentam fundamentar sua origem e difusão global. Há teorias que defendem o surgimento da técnica em terras árabes, sendo difundida na Europa através das rotas comerciais mediterrânicas. Há, também, indícios do uso da técnica em tribos indígenas da América do Sul e região da China.
Quando chegou a Europa na idade média, a técnica foi popularizada pela nobreza e pelas ordens religiosas. A delicadeza e a riqueza de detalhes das peças de crochê adornavam as igrejas e os trajes cerimoniais.
Com o passar dos séculos e, mais tarde, o fenômeno da industrialização, o crochê se popularizou em diferentes camadas sociais. Sendo difundida amplamente como um processo manual feito em maior escala por mulheres, que teriam, através da técnica, a oportunidade de trabalhar sem sair dos seus lares.
Com isso, a técnica de crocheteira é tradicionalmente passada de geração em geração em diversas famílias, afinal, está ligada a história e existência de mulheres que trabalhavam para contribuir no sustento de suas casas. Além de ser um sinônimo de afetividade no fazer manual coletivo.
No Brasil, o Crochê é amplamente conhecido como uma técnica de artesanato. Sendo especialmente representativo para expressões culturais e artísticas do nordeste do país. Em Pernambuco, a técnica é famosa em cidades do interior, como Caruaru e Surubim.
Especialmente nessa região, a produção de peças feitas a partir da técnica de crochê alimenta uma rede de mulheres que buscam no artesanato e no fazer manual uma fonte de renda, autonomia e a independência para construir seu modo de vida e sustentar seus lares.