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NOVA FORMAS DE CONSUMIR: MOVIMENTOS ANTI EXCESSO

A conscientização crescente sobre as questões de sustentabilidade as quais devemos incorporar como pratica em nosso processo de produção, compra e interação com o mercado e a vida já é sabida. Vemos que o mercado de moda, tanto de produção quanto de varejo precisa se adaptar e criar novas estratégias para se alinhar com esses novos hábitos de consumo que estimulam novas formas de consumir.

Movimentos antiexcesso, de reuso, reaproveitamento são um dos muitos que estão a frente dessa tendência de consumo, assim como, o mercado de aluguel e assinatura de roupas. Várias marcas, já consolidadas pelo mercado, estão incorporando em seus negócios outros modelos de consumo para não perder a oportunidade.

Diante desse novo cenário, o upcycling, reuso de produtos desperdiçados na criação de novos produtos, vem tomando corpo como frente de mercado, trazendo o cliente para perto desse movimento. Como exemplo temos a RE-DONE , marca que recicla jeans da legendária Levi´s. Sua equipe garimpa em brechós as peças, quanto mais usado melhor. A partir disso começa o processo de desmonte e reconstrução, que varia completamente de um jeans para o outro.

A Patagônia , empresa californiana de roupas esportivas, forte símbolo do chamado capitalismo consciente, trabalha nisso há algum tempo com o Worn Wear . Se refere a um portal de produtos de segunda mão lançado em 2017 o qual tem como matéria prima os produtos com desgaste descartados por seus clientes que são reformados e novamente postos à venda. Posteriormente, focados em melhorar sempre, eles sentiram a necessidade em criar o ReCrafted para peças que estão além do reparo. Nesse caso cada produto é fabricado artesanalmente usando de três a seis peças de roupa usadas.

 

 

Aqui no Brasil a FARM , com uma concepção um pouco diferente da acima, aposta nesse conceito com o RE-FARM que recria peças novas a partir da sobra de produtos de coleções passadas. Sediada em São Paulo, a Re-Roupa , também tem sua produção feita a partir de roupas já existentes e é um outro exemplo para ficar de olho.

Um outro braço dessa tendência é o de troca e aluguel o qual se conecta ao antigo ato que nossos ancestrais faziam, de troca. A carioca Re-acervo Guarda Roupa Compartilhado, criada por Fabíola Trinca que repensou seu sistema de vida como um todo e transformou seu acervo de roupas em uma nova proposta sustentável, onde qualquer pessoa pode alugar mensalmente através de pacotes específicos, a roupa que quiser. Estimulando a diminuição do consumo exacerbado e aumentando a vida útil de cada peça, de forma circular e regenerativa.

Lilian Pacce menciona muito desses conceitos em seu vídeo Novas formas de consumo em 2020, vale a pena assistir.

 

 

Foto de capa Re-roupa . Saiba mais em J. Walter Thompson Intelligence, Consumidor Moderno , E-commerce Brasil e Revista Philos 

 


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