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10 ago, 2023 Moda / Design
O BOOM DO MERCADO DAS ROUPAS PRÉ AMADAS

 

Crescemos num mundo onde queríamos o novo a todo tempo; é hora de aprendermos a sentir uma nova experiência com os produtos antigos.

Consumidores conscientes de hoje têm rejeitado o consumo tradicional de roupas de moda em favor de modelos de compartilhamento e revenda. De acordo com a WRAP (Waste and Resources Action Programs), estender o uso das roupas por  apenas mais 9 meses é uma estratégia capaz de reduzir em torno de 20 a 30%  os impactos causados pelo descarte imediato.

O mercado de roupas vintage (pré-amadas) sempre foi uma escolha economicamente viável para classes de menor renda, mas as novas motivações devido às preocupações ambientais como também pelo boom nostálgico que tem contagiado as gerações mais novas fazendo tem promovido um aumento significativo neste modelo de negócio facilitando a ascensão de lojas de produtos de segunda mão. A Oxfam(Inglaterra), inaugurou uma superstore para oferecer num espaço de 500 m2, uma infinidade de produtos exclusivos desde roupas e utensílios domésticos até móveis e produtos antigos. Com esse um enorme tesouro de itens em oferta o espaço se tornou uma experiência de compras.

Imagem retirada do site Lets Recycle

Essa indústria também passou a ocupar os espaços on-line como a The RealReal , uma marca vintage luxo que nasceu  digital e agora já opera três lojas físicas escolhidas a dedo onde busca construir um relacionamento com a comunidade local incorporando artistas e fornecedores locais ao design e serviços da loja.

A grande repercussão desse mercado, antes da pandemia, chegou até a abrir espaço para o surgimento de uma nova profissão: o curador de roupas vintage. Trata-se de um profissional, um “catador secreto”, que vasculha entre pilhas de roupas encontradas nos brechós, lojas de segunda mão, mercado das pulgas em busca de preciosidades que possam inspirar designers para desenvolver novos produtos ou até mesmo encontrar peças únicas para celebridades e colecionadores. Alguns deles se tornaram especialistas em determinado seguimento, como por exemplo, o de roupas e equipamentos militares.

Imagem retirada do site Fashion United UK

Grandes e pequenas marcas e designers devem estar atentos para entender melhor este mercado para se juntar a esta revolução e aprender a ser relevante para uma geração que se preocupa cada vez mais com seu impacto pessoal.

 

Dicas:

  1. Curadoria é o ponto mais importante. Faça suas escolhas com os mesmos critérios que escolheria uma roupa nova;
  2. Você pode e deve criar uma experiência de consumo. Estratégias de envolvimento do consumidor como coleções cápsula de itens para a estação também podem e devem ser aplicadas explorando o senso oportuno da tendência. Alguns varejistas do segmento de revenda estão usando as cores características de outras décadas como elementos para atrair a atenção, desde os brilhos sintéticos das roupas esportivas dos anos 90, até os minimalistas beges contemporâneos.
  3. Pense em formas de orientar seu consumidor a estender o ciclo da vida dos produtos que adquire, incentivando-os a dar mais uma oportunidade seja pela devolução, troca, aluguel ou conserto das peças.     

 

Imagem de capa Fashion United UK


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