POR TRÁS DA TENDÊNCIA: A FORÇA DA HUMANIDADE
COMPORTAMENTO: PERSONAS PARADOXAIS
O conceito de riqueza está mudando. O ato de consumir quando considerado como um prazer moderado e consciente (dito eco-epicurismo), mas que prioriza a liberdade e a auto expressão, é uma forte temática entre consumidores que estão perdendo o interesse por bens supérfluos tradicionais. Desinteressados nas noções de posse e propriedade, muitos estão trocando roupas de grife, super carros e casas de alto padrão, pela oportunidade de se descolarem dos tradicionais significados do sucesso.
Centrados em uma nova ideia global de luxo, estes consumidores possuem uma mentalidade baseada na curiosidade, e em aspectos como flexibilidade e vida livre. Têm fome de aventuras raras e são abençoados com o privilégio do tempo, uma vez que, em sua grande maioria são adeptos de uma rotina de trabalho flexível e geralmente remota. Preferem viagens com roteiros fora do circuito, e que proporcionem experiências raras, muito aprendizado e momentos fugazes de conexão humana.
Suas escolhas e ações ressignificam os critérios do que compõe o conceito de qualidade e do chamado “valor agregado”, optando por um novo ciclo de produtividade que favorece o respeito e o reconhecimento característicos do vínculo humano, mantendo um controle inteligente de sua jornada em direção a um novo mundo. Por serem adeptos a menos horas de trabalho (o que representa menos consumo de recursos), têm mais tempo para curtir a casa, que se torna um templo de experiências gastronômicas e de objetos peculiares eleitos como ícones; são simpatizantes da economia local, engajados com a circularidade e preferem seguir os experts e curadores, ao invés de influenciadores em massa, trocando a autopromoção pela autoconsciência. Ecléticos e nostálgicos, os “luxorianos”, assim batizados pelo The Future Laboratory, priorizam o valor emocional ao invés do financeiro, já que a riqueza - para estes - não é material.