MERCADO

O icônico desfile de Demma Gvsasalia para Balenciaga foi uma declaração pontual sobre as mudanças climáticas; uma metáfora do estilo de vida atual em forma de previsão apocalíptica, num cenário sombrio, quase amedrontador. Embora a ideia seja polarizadora, ela aponta para um ou vários movimentos maiores pela busca de significado na incerteza e na angústia.

Enquanto isso, Sarah Gold, fundadora da IF, chamou a atenção para uma solução, durante o evento virtual IAM Weekend 2020 ocorrido em março deste ano: o design centrado na sociedade. Em seu manifesto, ela explicou que as marcas estão tentando resolver problemas apenas nos momentos em que as pessoas são consumidoras, em vez de tratá-las como cidadãos. O design moderno, centrado no usuário, é amplamente individualista, Gold argumenta que as marcas devem mudar seu foco para o design com uma lente coletiva; projetar para toda a vida e para a vida, não apenas na vida humana, mas também para toda espécie de vida no planeta.

A campanha da academia Equinox “faça de si mesmo um presente para o mundo” veiculada em vídeo provocador, promove a ideia de que trabalhando para um estilo de vida melhor, os frequentadores dos espaços da Equinox se tornarão pessoas melhores, melhores amigos e melhores parceiros. É uma declaração sobre os benefícios de ser o melhor possível para o benefício dos outros e do planeta. Não se trata apenas de estar bem fisicamente, mas de uma proposta holística total. É sobre ser o mais apto, saudável e feliz possível, tanto na mente quanto no corpo, e como seu bem-estar pode afetar positivamente os outros, a sociedade e o mundo ao seu redor.

Com a falta de disponibilidade de alguns recursos, fomos obrigados a nos reinventar com o que temos para atender as demandas, não individuais, mas as coletivas, uma vez que as necessidades globais eram as mesmas.