3º Fórum da Indústria da Moda – Novos ritmos discutiu a cadeia têxtil, moda e confecção pós-covid.
No dia 7 de outubro, o SENAI CETIQT promoveu o “3º Fórum da Indústria da Moda – Novos ritmos” com transmissão pelo sem canal no Youtube. O painel “Projeto Moda Circular” teve como objetivo discutir a integração da cadeia de denim brasileira, as oportunidades e os maiores desafios para a circularidade e desenvolvimento sustentável, principalmente no pós-pandemia.
O painel apresentou iniciativas de grandes empresas de denim no Brasil em prol da Moda Circular e da sustentabilidade. Mediados por Fernando Pimentel – presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), os convidados foram André Duarte, da Riachuelo; Thais Bryan da Vicunha; Maria José Orione da Denim City; e Anny Santos do Sebrae Nacional.
Fernando Pimentel destacou a importância dos debates promovidos no evento: “o tema é real e já vinha se destacando como tendência clara antes desse período pandêmico. Ganha força e maior dinamismo a partir de uma série de constatações que nós estamos vendo nessa agenda de inovação e sustentabilidade”. Thais Bryan da Vicunha, grupo fabril do Nordeste, também reforçou que a sustentabilidade está presente na empresa desde o início de suas atividades há 50 anos, por contada escassez de recursos hídricos e da necessidade de se desenvolver projetos com pautas de desenvolvimento social na região.
André Duarte, da Riachuelo, entende que a sustentabilidade é uma obrigatoriedade em empresas maiores. Para ele, “consumir menos recursos hídricos, não é somente sustentável, é algo inteligente. Isso é um problema planetário”. Além disso, Maria José Orione, da Denim City, percebe que as grandes empresas de Moda são muito cobradas no que diz respeito às boas práticas de sustentabilidade. E que um dos maiores desafios do setor é disseminar, para o consumidor final, as informações relativas aos grandes avanços que já estão sendo implementados, sobretudo na produção brasileira de denim.
Anny Santos, do Sebrae Nacional, destacou que a sustentabilidade não deve ser mais encarada ”como um valor agregado, um nicho de vendas muito específico, mas que que precisa se estabelecer como um processo de gestão e estratégia das empresas”. E para isso, o Sebrae dá o suporte, sobretudo as pequenas e médias empresas do segmento, por meio de programas e parcerias.
Entretanto, todos os participantes percebem que persistem inúmeros desafios para que a indústria da Moda se torne mais sustentável e circular, por conta de barreiras tecnológicas, financeiras e da necessidade de uma maior integração e articulação entre os diferentes elos da cadeia.
O evento ainda mostrou cases de sucesso de duas empresas que investiram em estratégias para superar os efeitos da pandemia e manter a sua sustentabilidade financeira. A empresária Luci Marçal – do Ateliê Luci Marçal, localizado no Rio de Janeiro, lançou uma coleção de homewear. E a CEO Rafaela Bezerra, do Décimo Andar – empresa do Recife, passou a produzir pijamas cirúrgicos e jalecos impermeávei.
No encerramento, a consultora do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção (IST) Chris Rangel mostrou o case da Master Class - Pesquisa de Campo, realizado em setembro e parte do portfólio de consultoria on-line em moda da instituição. Na sequência, a consultora do IST Angelica Coelho apresentou os demais serviços oferecido no novo portfólio digital da área de Moda.
Saiba mais sobre a Master Class aqui.
Assista ao Painel Projeto Moda Circular: Integração da Cadeia de Denim Brasileira e Oportunidades de Circularidade e Desenvolvimento sustentável aqui:
Imagem Jasmin Chew on Unsplash.