O projeto Moda Circular – uma parceria do SENAI CETIQT com a Laudes Foundation, promoveu no dia 15 de outubro a live “O Consumo do Futuro Pós Pandemia: Desafios e Oportunidades para os Negócios de Moda”.

Angelica Coelho, consultora do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção (IST) recebeu Anny Santos, coordenadora da Cadeia de Valor da Moda do Sebrae Nacional.

Anny falou sobre tendências de consumo da pós-pandemia, com o objetivo de detalhar os desafios e as oportunidades frente aos novos hábitos surgidos por conta do distanciamento social. Para a coordenadora, os negócios precisam se reinventar de forma rápida para atender a essas principais mudanças ocorridas nos últimos meses. Em sua apresentação, Anny ressaltou a importância de se discutir sobre os “movimentos e os comportamentos do consumidor, especialmente em um ano como esse, em que a gente viveu extremas disrupturas, uma nova forma de viver”.

Anny buscou traçar o perfil do consumidor no pós-crise, a partir de pesquisas e análises feitas pela própria instituição durante os meses de isolamento social. Sobre essa questão, Anny acredita que, ainda que não haja um “novo normal” – porque as pessoas continuam as mesmas –, a pandemia promoveu uma nova forma de “ser, ver e viver no mundo”. E isso impactou profundamente nossos hábitos.

Diante desse novo cenário, as empresas precisam focar no gerenciamento de suas crises para atender a essas novas demandas, não esquecendo da importância de trazer transformação e inovação para seus modelos de negócios. Portanto, mais do que nunca, os empresários da Moda precisam enxergar e compreender os anseios do consumidor no mundo atual. Para ajuda-los, Anny apontou alguns aspectos relevantes relacionados a mudanças cruciais nos negócios, como a transformação digital, a necessidade de respostas ágeis para enfrentar a crise e a construção de uma visão mais empática dos clientes.

A convidada apresentou ainda 3 grandes disrupções que influenciam o comportamento dos indivíduos na sociedade. Em primeiro lugar, o trabalho remoto – ou home office –, ressignificou profundamente as relações com o trabalho e com o ambiente da própria casa. Um segundo ponto é a forte digitalização dos serviços, produtos e do próprio consumo. Por fim, um senso de reflexão e de cuidado com saúde está fortemente presente na vida das pessoas. Todas essas questões geram um novo tipo de consumidor – o consumidor positivo –, que, mesmo diante, da pandemia acredita que o futuro será melhor. Nesse perfil, o indivíduo se apresenta como mais otimista, engajado e hiperconectado.

Como uma contribuição prática para os donos de negócios, Anny listou algumas dicas como: (i) promover uma experiência de conforto e segurança para os clientes; (ii) oferecer opções de compras no ambiente digital; (iii) repensar formas de oferecer produtos e serviços, pensando em sua funcionalidade; e (iv) oferecer conveniência como drive-thru, bag delivery etc. E para encerrar, a convidada deixou uma mensagem para os empresários de que as crises passam e que chegará o momento em que os negócios retornaram ao seu equilíbrio.

Assista a Live - O Consumo do Futuro Pós Pandemia: Desafios e Oportunidades para os Negócios de Moda aqui:

Imagem: Karolina Grabowska no Pexels.