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MATERIAIS DO FUTURO: TECIDOS ANTIVIRAIS

  

A incerteza causada pelo coronavirus aliadas às antigas preocupações com as mudanças climáticas estão liderando as dúvidas sobre o futuro e como nos vestiremos. Antes do COVID-19, as indústrias têxteis fabricavam produtos com tecnologias de proteção que ajudavam a mitigar os efeitos da poluição, dos raios solares e bactérias entre outros. No contexto atual, é certo que tal demanda impulsione inovações no que se refere à ciência dos materiais, com propriedades físicas e sustentáveis específicas, tal como mencionados no post “Materiais do Futuro” (vide: Insigths/ Mística).

Materiais com proteção UV, acabamento hidrofóbico, regulagem de temperatura ou antimicrobianos no qual os organismos não conseguem sobreviver, são soluções já consagradas no mercado, e que são adotadas pelo segmento de uniformes, esportivo, saúde e até mesmo na moda; mas a pandemia acelerou a demanda por propriedades protetoras mais específicas uma vez que existem fortes evidências de que a roupa ainda é um vetor para a transmissão do vírus e de outras doenças, com vários estudos mostrando que o material infeccioso pode permanecer nos tecidos e colocar em risco de contaminação, principalmente os profissionais de saúde que estão no enfrentamento da pandemia.

O Albini Group (Itália) mais conhecido como fornecedor soluções criativas em  tecidos para empresas como Kering, Armani, Ermenegildo Zegna e Prada, disponibliza ao mercado materiais têxteis resultantes de um cuidadoso processo de pesquisa e desenvolvimento inivador que permite fabricar tecidos com fios especiais como mouliné e bouclé, a partir de fibras nobres como seda, linho, lã e caxemira.

A partir do entendimento que inovar significa interpretara o futuro é que surgiu, em parceria com a empresa suíça de inovação têxtil HeiQ os novos tecidos da linha  VIROFORMULA ™ ,os quais possuem um tipo de acabamento que consiste na aplicação de produtos químicos noss têxteis durante a etapa de produção, em um processo semelhante ao de  impermeabilização, O novo tecido protege, efetivamente, contra vírus e bactérias e é adequado para todos os tipos de fibras, desde não tecidos hospitalares (por exemplo, máscaras) a tecidos para roupas e têxteis para o lar

 

 

A tecnologia de ponta HeiQ Viroblock, evita que os tecidos se tornem hospedeiros e inibem ativamente os vírus e matam as bactérias em contato com a superfície em alguns minutos, inclusive o coronavirus. Como consequência, reduzem o risco e a velocidade de contaminação e de retransmissão. Segundo a empresa , os têxteis já foram testados quanto à sua eficácia pela 3A Laboratori e Microbe Investigations. Os produtos utilizados no tratamento VIROFORMULA ™ são certificados pela HeiQ de acordo com as normas ISO 20743, ISO 18184 e AATCC 100, por suas características antibacterianas e antivirais.  São dermatologicamente inofensivos à pele e ao corpo e ambientalmente sustentáveis.

Aplicações

Criados para todos os tipos de roupas e já disponíveis no mercado, são ideais para a produção de camisas, jaquetas e calças, além de máscaras, vestidos e qualquer outra peça do vestuário, o produto deve ser entendido como opção adicional. A aplicação deste tratamento não altera as propriedades físicas e mecânicas dos tecidos. O efeito do acabamento têxtil dura até 30 lavagens a uma temperatura amena.

A Intelligent Fabric Technologies North America (IFTNA), uma empresa canadense de biotecnologia, desenvolveu o PROTX2 AV , um produto químico que pode ser revestido em tecido, que penetra na camada externa do novo coronavírus, interrompendo sua capacidade de replicação. Enquanto isso, pesquisadores  estão trabalhando em materiais destinados a matar o vírus através de campos elétricos de baixo nível e luz UV.

Tais esforços parecem refletir uma mudança mais ampla de prioridades entre pelo menos alguns no mundo da moda, para unir nossas preocupações com a saúde com estilo, como é o caso da North Face, entre outras marcas populares. A  aposta que a demanda por este tipo de proteção crescerá exponencialmente logo, é algo que as marcas precisam estar observando. Até lá, convém manter o distanciamento social, lavar bem as mãos e continuar a usando máscaras.

 


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