Por trás da tendência: GAIA, a mãe Terra
COMPORTAMENTO: O efeito Greta
As preocupações com o aquecimento global, poluição e sustentabilidade passaram para um novo estágio, transformando-se em uma mudança cultural. O que antes parecia ser algo distante para colocar em prática tornou-se agora, para muitos, um desafio fundamental e pessoal.
Na era do Antropoceno, onde a dominância humana está destruindo o nosso planeta em muitos níveis, o chamado efeito Greta - a jovem ambientalista de 16 anos considerada a personalidade do ano pela revista Time (2019) - tornou-se a raiz de um movimento global que coloca o planeta em alerta vermelho e exige mais ações ao invés de apenas debates.
Os jovens, especialmente os da geração Z (Zers), frustrados com a falta de ação dos mais tradicionais e mergulhados numa eco ansiedade, acreditam que as empresas têm obrigação de ajudar a resolver de forma mais efetiva, os danos e desafios sociais e relacionados ao meio ambiente. Nesse contexto, suas redes sociais são uma extensão da sua voz para divulgar suas práticas e formar novas comunidades, em um ativismo otimista em prol dessas causas.
Aliado à mesma causa, é cada vez maior o número de pessoas que decidiu responder à altura a este chamado para a ação, acreditando que só é possível fazer a diferença agindo e, literalmente, sujando as mãos na terra. Ao invés de casas confortáveis, procuram por estilos de vida alternativos, dando um salto para uma existência auto suficiente em busca de um modo de vida sustentável. Vivendo em comunidades, e plantando o seu próprio alimento, muitos constroem suas casas e investem na conexão total com a natureza. As crianças são educadas através do método que já vem ganhando popularidade, chamado “unschooling”, onde são estimuladas a aprender por meio da vivência e da convivência, ao invés de salas de aula tradicionais. Um profundo compromisso com um modo de vida, fora da bolha, que coloca a importância da saúde ambiental e da comunidade à frente dos bens materiais.